segunda-feira, 31 de maio de 2010

CORDEL DO NILDO CORDEL - O TERRORISMO DE ESTADO

Hoje eu estou mais triste

E muito aperreado

Ao ver que com gente Inocente

Um barco foi bombardeado

Prova que Israel pratica

Um terrorismo de estado.



Antes já me doeu muito

Ao ver uma imagem forte

De uma foto com uma grávida

Que não teve muita sorte

Com uma frase que dizia

“Um só tiro, duas mortes”.



Agora como num jogo

Fez uma falta na área,

O Exercito Israelense

Faz execução sumária

Atacando um navio

De ajuda humanitária.



Dona ONU isto é PENALTY

É falta para expulsão

Não se pode deixar

Tal fato sem punição

O conselho permanente

Tem que aplicar sanção.



Não pode haver no mundo

Dois pesos e duas medidas

Assim como outros paises

Tem punições desmedidas

Israel não tem direito

De atentar contra as vidas.



Não estou nestes meus versos

Esquecendo do passado

Mas não podemos por isso

Num ato dissimulado

Deixar que um erro ateste

Outro erro praticado.



Meus versos são um repudio

A toda e qualquer ação

Que vá de contra ao direito

Soberano da nação

Independente da raça

Do credo ou religião.



Não venham agora para o mundo

Com uma resposta vaga

Não posso eu concordar

Com esta terrível saga

Não é certo que terrorismo

Com terrorismo se paga.



Está fito o meu protesto

Neste meu cordel rimado

E para que não esqueçam

Digo em verso sublinhado

Israel está fazendo

Um terrorismo de estado.

sábado, 15 de maio de 2010

SÃO PAULO, UMA NOVA RIO...

  Este poema foi escrito em 30/05/09, por ocasião de protestos de moradores de uma favela na ZL de São Poulo, por causa do assassinato de um suspeito pela polícia militar.

Camaradas de jornada

Meus leitores e Blogueiros
Devemos ficar ligeiros
Pra uma nova jornada
Nossa cidade, coitada
Ta vendo o que nunca viu
Parece guerra civil
Eu queria estar brincando
Mas estou presenciando
São Paulo, uma nova Rio.

Primeiro, estão lembrados
Daquela depedração
Que em cuja ocasião
Ficamos paralisados?
Ônibus e trens depedrados
Assustou todo Brasil
Porem ninguém assumiu
E a imprensa esqueceu
Mas São Paulo pareceu
Ser mesmo uma nova Rio.

Que tudo aconteceu
Parece que faz um século
E então naquele espéculo
Nossa São Paulo perdeu
O Governo se elegeu
Prometeu e não cumpriu
A segurança sumiu
E já podemos notar
Que nossa São Paulo estar
Virando uma Nova Rio.

O crime mostrou as caras
Primeiro em Paraisópoles
Deixando nossa Metrópole
Presa num cerco de varas
E isso deixou as claras
Que o crime decidiu
E de vez já assumiu
O comando da cidade
E São Paulo de verdade
É hoje uma Nova Rio.

Eu falo isso por que
São Paulo está sitiada
Há pouco vimos parada
A Marginal Tietê
Dói-me, mas digo a você
O nosso Estado Ruiu
E vítima a cidade se viu
De sua ineficiência
Afirmo com consciência
São Paulo é uma Nova Rio.

Agora na Zona Leste
Mas um foco de maldade
De novo a sociedade
Vê cenas de faroeste
Destes bandidos da peste
Autores de ato vil
Que mancha nosso Brasil
Nos confins do mundo inteiro
Plagia o Rio de Janeiro
São Paulo, a Nova Rio.

sexta-feira, 14 de maio de 2010

PEÃO POESIA

Quer mesmo saber quem sou,
Pois bem, eu vou lhe falar:
Sou um cidadão comum
Vivo para trabalhar,
Não tenho tempo para ler,
Para escrever, para amar.

Juro, um dia eu quis se eu,
Mas não me deram valor...
Sou mão de obra barata,
Sou um pobre sonhador,
Sou um jovem embrutecido
Que a vida emborrou.

Eu moro lá na favela,
Em um pequeno barraco.
À noite eu e meus filhos
Nos misturamos com trapos
E dividimos um espaço
Do nosso chão com os ratos.

O chão é a minha cama,
Latas vazias, as panelas...
Minha rua é só um beco
Pois eu moro na favela
E só conheço a fartura
Porque assisto ás novelas.

Mas para sua surpresa,
Eu não sei tocar viola,
Nem vou à Praça da Sé
Não tenho tempo e nem hora
A construtora é meu Campus
E a TV minha escola.

Já sei até fazer prédio
Em estilo rococó
Que deve ser inspirado
Na galinha carijó
Ou é coisa importada
Do Sertão do Siridó.

De coração dividido
Vou levando meu destino
Já não tenho identidade
Vivo como um clandestino
No Nordeste eu sou Paulista
Em São Paulo, Nordestino.