terça-feira, 13 de janeiro de 2015

JE NE SUIS PÁS CHARLIE (EU NÃO SOU SHARLIE)

Como poeta eu não posso
Cometer insensatez
Nem contra o mundo árabe
Nem com o povo francês
Mas aqui não sou Sharlie
Nem aos irmãos Kouichi
Vou apoiar dessa vez.

Meu nariz não é de cera
Tenho minha opinião
Sou contra o terrorismo
Em qualquer situação
Mas vou aqui afirmar
É preciso respeitar
A qualquer religião.

O fundamentalismo é
De longe uma doença
Quem mata em nome de um deus
Não sabe o que faz ou pensa
Porém batendo no peito
Afirmo é peço respeito
A qualquer tipo de crença.

Quando alguém radicaliza
Perde de longe a razão
Logo consegue o repúdio
De todos sem exceção
Cria-se um grande hiato
E não consegue de fato
Apoio pra sua ação.

Uma ação como essa
E já dar para se ver
Não leva a nenhum avanço
Leva a retroceder
Aflora a xenofobia
Padece a menoria
E o islamismo é o quê?

O ataque a Shalie
Ato bárbaro e cruel
Deixou o mundo perplexo
Também abalou ao céu
Deixou o mundo chocado
O islamismo isolado
E a fé perdeu seu papel.

A liberdade de imprensa
Foi logo questionada
Mas liberdade de quê
De poder fazer piada
Com Maomé, com Jesus?
Com o Corão, com a cruz?
Não sei se é essa a parada.

A questão é mais profunda
O problema é de humanismo
Não se trata de religião
Mas sim de radicalismo
Hoje eu não sou Sharlie
E nem os irmãos Kouichi

Mas defendo o Islamismo.
















segunda-feira, 22 de dezembro de 2014

BOM DIA!

Bom dia a todos, BOM DIA!
Bom dia e boa semana
Que ninguém seja sacana
Muita paz e alegria
Sorrindo diga: Sorria
Quem tem fé nunca se engana
Bom dia e boa semana
Boa semana e bom dia!

quinta-feira, 11 de dezembro de 2014

Sonhador

Viver é um desafio
Desafiar é viver
Por isso eu vou vivendo
Sempre buscando aprender
Para não ser devorado
Pela falta de saber.

Se posso dou um sorriso
Se não posso, um lamento
Mas não fico esperando
Sonhando sou avarento
E busco sonhar meu sonhos
Até no sopro do vento.

Nas gotas fracas da chuva
Que a terra vai borrifando
E faz levantar o cheiro
De chuva que vou cheirando
Eu sonho dias melhores
E levo a vida cantando.

quinta-feira, 6 de novembro de 2014

AUTO DE NATAL - QUEM ESPERA SEMPRE ALCANÇA

QUÉM ESPERA SEMPRE ALCANÇA
Auto de natal - Autor: Nildo cordel.
Abertura: Com as cortinas cerradas, começa tocar uma musica natalina. Sugestões: Noite feliz, Sino Pequenino, Gingo Bell, ou a escolha do Diretor. E vai abrindo a cortina. O coro se coloca no fundo do palco, quando estiver em posição, baixa a música e começam.
Coro - Quem espera sempre alcança
O que o coração deseja
Mesmo que para as pessoas
Difícil o desejo seja
Quem com Deus sonha o seu sonho
Sempre alcança o que almeja.

Solo 1 (Entra pela direita do palco, vai até o proscênio e fala)
Sou uma criança de rua
Nesse mundo vivo só
Não quero que as pessoas
Tenham de mim pena ou dó
Quero sim que me percebam
E que me tratem melhor.
(Sai e se coloca do lado esquerdo do palco)

Solo 2 (Entra pela esquerda do palco, vai até o proscênio e fala)
Não sei quem é minha mãe
Se tive família ou não
Vivo nas ruas, jogada
Ninguém me estende a mão
Só sei que é muito triste
Essa minha solidão.
(Sai e se coloca do lado direito do palco)

Solo 3 (Entra pela direita do palco, vai até o proscênio e fala)
Eu? Tenho uma vida bela
Minha mãe me dá carinho
Brinquedos? Tenho de monte
Nunca me senti sozinho
Tenho a amor de mamãe
E também do papaizinho.
(Sai e se coloca do lado esquerdo do palco)

Coro: - A vida nos prega peças
Mas não percam a esperança
Deus existe para todos
Pra jovem, velho e criança
Não desistam de seus sonhos
Quem espera sempre alcança.

Solo 4 (Entra pela esquerda do palco, vai até o proscênio e fala)
Eu nunca tive um natal
Desses de televisão
Com peru, frutas e festa
E um Papai Noel gordão
Fico feliz quando tem
Um pedacinho de pão.
(Sai e se coloca do lado direito do palco)

Solo 5 (Entra pela direita do palco, vai até o proscênio e fala)
Meu natal é diferente
Eu sempre vou viajar
Meus pais têm muito dinheiro
E não ligam em gastar
Dão-me tudo que eu quero
Eu peço, eles vão comprar.
(Sai e se coloca do lado esquerdo do palco)

Solo 6 (Entra pela esquerda do palco, vai até o proscênio e fala)
Cada um tem sua historia
De pobreza ou de bonança
Mas todos têm em comum
O fato de ser criança
De ter pureza na alma
Muita fé e esperança.
(Sai e se coloca do lado direito do palco)

Solos 1, 3 e 5  falam do lugar onde estão:
Nossos corações são puros
E não fazem distinção
Somos apenas crianças
Só queremos proteção
E um futuro melhor
Para as crianças da Nação.

Solos 2, 4 e 6  falam do lugar onde estão.
Queremos paz para o mundo
Respeito com a natureza
Que haja mais sentimento
De quem vive na riqueza
Que dêem mais atenção
Pra quem vive na pobreza.

O coro se desloca do fundo do palco e vai até o proscênio, os solos da direita e da esquerda se juntam a eles, se o espaço for suficiente se dão as mãos e falam:
Nós somos filhos do pai
Que nos botou neste mundo
Seja um rico ou moribundo
Deus o segue aonde vai
Se no desprezo um cai
Deus renova a aliança
Seja adulto ou criança
O Pai sua mão segura
E não cai na desventura
Quem espera sempre alcança.

Entra BG com música natalina.

FIM
Para montagem contato nildocordel@uol.com.br

quarta-feira, 5 de novembro de 2014

CORDEL DO NILDO CORDEL: Deu no site da prefeitira

CORDEL DO NILDO CORDEL: Deu no site da prefeitira

Publicado em: 

Poeta cria Cordel inspirado no programa "Quem Lê, Sabe Por Quê"

Elaboração do texto aconteceu durante reunião no CEU São Mateus
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O poeta Nildo Cordel, morador da comunidade próxima ao CEU São Mateus, escreveu um cordel inspirado no programa "Quem Lê, Sabe Por Quê".

Ele escreveu os versos durante reunião do Programa realizada em agosto na unidade, sob a coordenação de uma das tutoras do programa, Cristiane Rogerio.

Quando o grupo ficou sabendo do lado artístico deste morador e de sua ânsia em promover a leitura e escrita como direito de todos, imediatamente foi convidado para fazer parte do Programa.

Atualmente, o Programa ”Quem lê, sabe por quê” está mapeando e articulando projetos para o desenvolvimento de redes de leitura, com o objetivo de transformar a cidade de São Paulo em uma cidade-leitora.

Veja abaixo o cordel produzido por Nildo Cordel

QUEM LÊ SABE POR QUÊ.

Acorda para a leitura
A leitura faz crescer
Traz cultura, informação
Por isso eu vou dizer
Ela faz revolução
Pois quem lê sabe por quê.

-x-x-x-x-x-x-x-x-x-x-x-x-

Sabe por que tem o mundo
Tem a vida, a alegria
Sabe por que tem os sonhos,
Tem a noite, tem o dia
Sabe por que se descobre
Que ainda não sabia.
-x-x-x-x-x-x-x-x-x-x-x-x
Que ainda não sabia
Que é preciso saber,
Que o mundo é de todos
Que é direito nascer,
Que se morre, mas que ainda
Não dá para desmorrer.

-x-x-x-x-x-x-x-x-x-x-x-

Sabe que Biblioteca
Não é só para estudar
É para lê por lazer
Lê para se informar
É pra quem gosta de Lê
Mas não consegue comprar.

-x-x-x-x-x-x-x-x-x-x-x-

Quem lê sabe por quê
Dizer sim e dizer não,
Sabe por que a leitura
É mãe da educação...
Que ler é tão importante
Quanto uma refeição.

Veja outras produções do poeta Nildo Cordel em seu blog.

terça-feira, 4 de novembro de 2014

Uma Sextilha

Eu bebo  a bebida boa
E fico bêbado boiando
Pego a boiada na baia
Pra tanger saio aboiando
Ponho a bebida na boia
E a boiada vai nadando.

sexta-feira, 12 de setembro de 2014

SALMO DO DIA

O Senhor é meu pastor
E nada me faltará
Pois com Deus em minha vida
O mal não me afetará
Terei proteção divina
Deus guiará minha sina
E meus passos seguirá

Terei uma vida santa
Caminharei no amor
Buscarei viver em paz
Estarei livre da dor
Poderei bater no peito
E dizer bem satisfeito
O Senhor é meu Pastor.

Ele é o Senhor do mundo
E me segue em minha lida
Dita todos os meus passos
Me protege e dar guarida
Comigo sempre estará
E nada me faltará
Tendo Deus na minha vida.

Ainda que eu sofresse
Na vida dor e castigo
Que precisasse enfrentar
A ira do inimigo
E fosse ao vale da morte
Mesmo assim seria forte
Pois Deus é sempre comigo.

Louvado seja meu Deus
Que me consola na dor
Me apoia em seu cajado
Me unge, me dar valor
Em verdes pastos me deita
E que eu habite aceita
Na casa do meu Senhor.




segunda-feira, 8 de setembro de 2014

O PINGO QUE PINGA A PINGA

O pingo que pinga a pinga
Pode ser de alegria
Pois a pinga faz o santo
Expressar a rebeldia
E deixa o rebelde santo
Na maior melancolia.

Mulher séria se rebela
Quando cai na bebedeira
Homem forte pede colo
E chora por mamadeira
O pingo que pinga a pinga
Faz ser santa uma rameira.

Com uma dose de pinga
Dá-se cabo a uma briga
Dois bêbados em um balcão
botam fim numa intriga
E o pingo que pinga a pinga
Deixa a virgem de barriga.

Numa roda de cachaça
O santo faz a mandinga
E o maior dos valentes
Vira uma pixilinga
Pois tudo se modifica
No pingo que pinga a pinga.

E terminando o discurso
Quero então avisar:
A cachaça não é água
Não vá de cabeça entrar
No pingo que pinga a pinga
Para depois não chorar.

Pois a pinga é "marvada"
E o forte choraminga
Ela cura dor de corno
Mas dói que chaga da íngua
E no pingo que pinga a pinga
O pinguço chora a míngua.



terça-feira, 22 de janeiro de 2013

Mulher do Short Apertado

Aqui, eu cantando. Nessa versão, tem quatro estrofes novas que são de minha autoria. Compartilhem.


domingo, 23 de dezembro de 2012

Um pé de maracujá na laje

Tem um pé de maracujá na minha laje
Nasceu de uma simples semente
Que numa fresta entre o piso e parede
Foi jogada displicentemente
Mas que por uma obra da natureza
Sua raiz pequenina e indefesa
Encontrou na terra uma força pertinente.

Foi subindo na parede como cobra
Desafiando a tal lei da gravidade
Foi subindo guiada pelo sol
Como quem enxergava a claridade
E vencendo obstáculos urbanos
Como varais onde se secavam panos
Encontrou numa laje a liberdade.

Com uma ajuda de um humano necessária
Que entre varas amarrou um grande fil
E como exímia trepadeira que ele é
O pé de maracujá rapidamente subiu
Instalou-se, cresceu e ficou forte,
Como um retirante desafiando a sorte
Venceu, está forte e é viril.


À laje, ele enfeitou deu cara nova
A um canto desértico trouxe vida
Têm abelhas, marimbondos, borboletas,
E uma antena de TV quase escondida
E para mostrar que por mim já tem amor
Outro dia me trouxe um beija-flor...
Que plantinha exemplar e atrevida!

E como se tudo isso não bastasse
Esse pé de maracujá tão resoluto
Dá seu exemplo de que viver, sim é possível:
Para este humano insensível e quase bruto
Pois neste espaço inóspito e sem vida
Esta planta vencedora e atrevida
Presenteia-me com o seu primeiro fruto.